quinta-feira, 17 de junho de 2010

desvenda-me.





sem lentes, sem lupa, sem óculos...
será que consegue lê-los?

gritando, cantando, chorando, sorrindo...
será que você consegue ouví-los?

fechados, abertos, secretos, sem medo...
será que você consegue vê-los?

na luz, sem sombras, desnudos...
o que eles dizem a você?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

di'vagando...



vou ao quarto e pego meu caderninho de pensamentos; visto mais um casaco e calço as luvas ( – meus movimentos limitados pelo excesso de agasalho.); dicionário à postos; celular no silencioso; coloco os fones de ouvido e seleciono uma baladinha melancólica de Jars of Clay para ‘silenciar’ a voz 'alegre demais' do desenho animado que meu irmão resolveu assistir justo agora... 'agora sim posso conversar comigo'.... TPM me deixa muito vulnerável, não gosto disso. sempre preferi guardar minhas emoções e sentimentos num lugar inacessível à qualquer pessoa que não seja eu mesma. previsível, não?! poisé, tenho descoberto uma ‘Thaiz’ tão previsível como as adolescentes de 13 anos... não me orgulho nem um pouco desse fato. o que o corrobora é a necessidade de clichezinhos românticos e ‘cantadinhas’ baratas para massagear o ego depois de uma decepção que o magoou. mergulhada no contexto do filme “Orgulho e Preconceito” desejei ter nascido na época em que a história se passa. época de galanteios clássicos, elogios que motivavam o ‘riso interno’ e olhares mais densos que qualquer toque. [suspiro]. cavalheirismo me encanta, acredita?! sou contra a mecanização dos atos, tipo abrir a porta ou ceder a vez tencionando malícias. naquela época o que embasava tais gestos eram os sentimentos nobres, o desejo de estar ao lado, de poder dançar junto ou então segurar a mão da moça. e as serenatas e poesias declamadas?!

‘ai Thaiz, você sonha demais, sai da casinha com coisas que não existem mais’.


hoje é tudo fácil demais. amar é que continua não sendo tão fácil assim... a decisão requer maturidade, força, ousadia... ah, e não venha destruir a imagem romântica que tenho da ‘velha juventude’… deixe-me acreditar na pureza que vi no filme… deixe-me acreditar… deixe-me sonhar…

* Sad Clown -
“You say how's the weather, so i look out the window
to brighten my soul, but i can't control the rain
that keeps falling
Smile on the outside that never comes in
a comedy mystery, irony, tragedy
so i scream "let the show begin"

You break me open, turn on the light
stumble inside with me with me

Do i entertain you
Do i preoccupy you with my wit to cover this lie
Are you mesmerized
Do you think me faithful, do you think me a clown
I picked out this shirt, i put on this hat
I wore all this paint just for you”


esse talvez seja o post mais ‘impensado’ que já publiquei. não vou relê-lo nem sequer lapidá-lo. vai ficar assim, como uma nota do meu caderninho. desabafos não são editados, são?