quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

bom dia!



cortina que descortina a manhã para cintilar o meu dia!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

pra quem tem raiz.





o que te faz diferente de todas, se estás plantada no mesmo solo que as outras?

qual será o passarinho que carregou tua semente? e por quantos dias ele voou pra te trazer?

quantos anos demorastes pra crescer? quais os primeiros olhos que te viram florescer?

linda és pela vida que fazes nascer, e pelas outras que não deixastes morrer.

e enquanto recebes as lágrimas de felicidade que do céu te banham,

guarda meu amor, enquanto meus olhos à procura dele sonham.

e prometo que ao encontra-lo gravarei em ti para que eterno fiques,

como eternizada estás no solo em que vives.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

pro sol brilhar em mim






e se é pra ser feliz, eu mergulho. e mergulho sim, sem medo da profundidade ou da falta dela.  cansei de covardia, quero ousar. ousar em mim mesma, no que eu acredito, no que eu quero. reavaliar os meus espaços, crescer aqui dentro. tem tanto de mim a ser conquistado por mim. tantas portas a serem abertas, tantos quartos esperando minha entrada. complicada? eu? não, claro que não! curiosa, apenas. no dia em que eu perder o interesse em mim, tudo perde o porque. gosto de decifrar, conhecer a mim mesma. não, também não sou narcisista, não se trata disso, mas de saber o que me atrai, o que me trai, o que me dói, o que me satisfaz. e prometo a mim mesma não deixar que a necessidade de ser aceita seja maior que a de ser feliz. e nessa busca pela felicidade, e por aquilo que sei que me aproximará dela, prometo encontrar-me em mim mesma, ao invés de perder-me nos outros.  muito menos nas opiniões dos outros. porque eu sei o que se passa aqui dentro. sei o quê e quem me faz sorrir. e a esses, motivos e pessoas, prometo nadar na direção em que o sol brilha pra mim.

porque aí eu sei que ele vai brilhar em mim.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

marcas.





em uma das minhas conversas matinais com o espelho percebi uma ruga a mais no canto dos meus olhos. é, talvez eu não devesse comentar sobre isso...  não é um detalhe que nós, mulheres, queremos que chame atenção. mas a questão é o que está por trás dessa nova marca, o que eu vivi nos minutos dos dias que compuseram o ano que a fez surgir ali. e o porquê de exatamente ali. foi por repetidos sorrisos ou pelas lágrimas em segredo? ou então pelo desgaste do dia a dia, ou pelas noites mal dormidas? 

a vida passa sem a gente perceber. o que eu fiz hoje que me aproximou do que eu quero ser? quem eu quero ser hoje é a mesma pessoa que eu queria ser antes que essa ruga estivesse aqui? é um passado que a gente leva presente por todos os dias da vida. 

passou, marcou, ficou e me faz ser quem sou.

não sei você  que me lê, mas eu costumo refletir sobre mim. e acredite, o que lê aqui não são as conclusões a que eu chego, mas os pensamentos brutos que me levam à elas. talvez por isso você se perca comigo. mas no final a gente se encontra... 


... ou não.

sábado, 13 de abril de 2013

estou pronta. pra estar pronta...







... pra voar. pra te deixar ir. pra me deixar ficar. pra me deixar florescer. pra me permitir. pra te soltar. pra eu ser. pra eu viver. pra me conhecer. pra ver até onde ir. pra entender o porquê. pra saber até onde eu quis. pra ouvir o que eu sempre esperei. pra dizer não pra você. pra aprender. pra gostar de mim. pra não deixar de gostar de você. pra não deixar de lhe querer bem. pra não pensar mais em você. pra acreditar no amanhecer. pra não valorizar o anoitecer. pra deixar acontecer. pra não ouvir você dizer. pra divagar. pra embriagar. pra não desistir de esperar. pra animar. pra deixar morrer. pra não impedir de nascer. pra olhar além. pra não chorar. pra descansar. pra matar a dor. pra não sofrer . pra não voltar a trás. pra prosseguir. pra saber aonde não ir. pra saber te ver sorrir. pra aprender a coexistir. pra não querer parar de sentir. pra gostar de lembrar. pra arquivar. pra deixar com está. pra ter coragem de mudar. pra perder a conta. pra ver o fim do que era pra sempre. pra sempre nunca mais. pra mais ser sempre. pra sempre ser mais. pra nunca mais olhar para trás.

sábado, 2 de março de 2013

monólogo





ao invés de me culpar por aquilo que dá errado,  tenho que aceitar que algumas coisas simplesmente não dão certo. não deram, não dão e nunca darão. independente do esforço que eu faça. egoísmo não é apenas querer tudo pra si, mas também julgar-se importante ao ponto de ser causador dos erros do outro... erros inerentes ao caráter do outro.


o relógio biológico do mundo não é programável, ele está fadado a continuar girando, e não há como fazê-lo voltar. por isso, nesse exato minuto, as palavras e as atitudes, e as lágrimas ou sorrisos consequentes à elas serão eternizados na memória de quem as falou e ouviu. nunca poderão ser apagadas. nem mesmo um pedido de desculpas conseguirá extinguir o estardalhaço que causaram ao entrar dilacerando as entranhas da razão. porque apesar de tão convicta e inabalável, nem mesmo a razão resiste ao furor de uma palavra e de seus estilhaços. aliás, ‘desculpas’ hoje são uma forma de amenizar a própria culpa, não de acalentar a quem se faz o pedido.


‘ame a si mesmo e às suas vontades. ame seus desejos, seu ar, suas narinas e seus pés.’ depois disso, pense em amar outro alguém. amar dói, mas ninguém avisa isso pra gente. o amor é pintado, escrito e cantado com o bom príncipe no cavalo branco... mas na verdade, é um cavalheiro rebelde e indolente, que se satisfaz nas lágrimas pela madrugada, nas refeições perdidas e nas cartas inacabadas. e além de tudo, o amor é frágil. não o sentimento, mas o coração que o carrega. frágil no sentido de não sobreviver ao deserto da indiferença. ele pode caminhar por algum tempo, mas quando o sol causticante da desilusão ofusca os olhos, impedindo que o horizonte seja contemplado, não há como prosseguir. e não há miragem que mude essa realidade.


palavras ditas em uma noite não calam a voz daquelas que não foram ditas durante anos. ceder não é permitir. exigir respeito, consideração e compreensão  é ultrajar o próprio ego. é despir o coração e render-se ao escárnio.  se for preciso exigi-los, é porquê já deixaram de existir há tempos. e sem respeito, não há mundo.


por falar em mundo, se o ar deste em que vivo é rarefeito demais ao ponto de tirar-lhe o fôlego, tenho que avisar que não há recurso pra que você continue vivendo nele. e na verdade, nem eu sei mais se te quero respirando comigo.