o vento dita o ritmo e a cadência
e as folhas simplesmente dançam.
simples, não mentem.
sentem e dançam.
há quem passe e não ouça.
há quem veja e não sinta.
invisível, ele continua soprano,
acariciando as dançarinas com sua brisa piano.
embaladas por essa valsa de liberdade,
bailam gozando a sinfonia da própria verdade.
a cada face virada, uma cor
e não há quem ouse julgar as raízes desse amor.
não seria lição pro nosso coração,
esse sorver a vida e fazer canção?
folhas no fio frio a nos chamar
pra sentir o calor do amor e dançar.