quarta-feira, 1 de agosto de 2012

ponto. final?




e porque acabou significa que teve fim?

uma coisa é fato: se acabou, não era amor. amor não acaba. pode acontecer de ele ficar pequeno demais, e por isso, começar a sufocar (um indício disso é ‘falta de ar’), ou então, ficar tão grande que torne impossível a caminhada. como já disse em publicações anteriores, o amor pode ‘deixar de servir’. mas acabar não, isso não é coisa de amor. 

quando o fim se aproxima, você pode optar por apressá-lo, procrastiná-lo ou então, deixar que os fatos prossigam no ritmo habitual. independente do que escolher, proteja seu coração, pois será bombardeado de críticas. elas virão de todos os lados, e serão embasadas pelo sentimento de posse que as pessoas nutrem em relação a você. pois só falamos com propriedade de algo que nos pertence.

é por isso que falo com propriedade da minha dor. e acredite, não há analgésico mais eficaz para as dores da alma que escrever sobre elas e para elas. porque as dores da alma são egoístas, gostam de ler sobre si mesmas. gostam de ser descritas com palavras rebuscadas... por isso elas são tão avassaladoras, porquê querem ser percebidas e sentidas com toda a riqueza dos detalhes que a fizeram nascer.

mas enfim, a dor do fim. a dor pelo fim, de vê-lo se aproximar e não saber como enfrentá-lo, ou se ele deve ser enfrentado, ou aceito, ou adiado, ou adiantado ou...  enfim, é o fim! não há como evitá-lo. ele é o futuro do finito. e é o destino de muitos ‘sempres’ jurados impulsivamente. engraçado perceber que uma única sílaba seja precedida por tantas palavras... tantas explicações ensaiadas, tantos porquês descartáveis...

na verdade, não interessa o que vem antes do ponto final. depois dele, as palavras que o precederam são transformadas em lembranças. e não importa se serão doces ou amargas. acabou. e ponto final.